sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Curtas (ou intervalos de alegria e tristeza)

Ontem tentamos dar água pro Benjamin pela primeira vez por causa da secura absurda desse tempo. Tomar mesmo, acho que ele não tomou. Mas ver a mãozinha dele tentando segurar a mamadeira era tão bonito que eu quase esquecia o motivo terrível daquilo.

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Tem uma planta morta na sala aqui de casa. Era uma planta grande, linda, que bendizia a casa há mais de três anos, e há uma semana estava forte, com plantinhas pequenas nascendo e tudo. Secou. E agora tenho um cadáver no vaso, que me entristece sempre que passo por ali e do qual não sei como me livrar.

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A mesma mãozinha deliciosa do Benjamin fica segurando meu dedo, enroscadinha toda num só dedo meu, sempre que ele mama. E como é bom saber que a sede dele é saciada com a água que eu bebi.

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O prédio da rua do lado já está com 18 andares. Os prédios, porque são dois. Sabe-se lá a que alturas chegarão, porque não dão mostras de que pretendam se terminar tão cedo.


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Quando o Benjamin acorda ele chama a gente com algum tipo de grito. E quando a gente chega no quarto ele já ta olhando pra porta esperando a gente chegar, e ao escutar nossa voz ele abre um sorriso que abre a boca que afinal é pequena pra tanto sorriso.

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