sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Onde eu possa plantar meus amigos, meus discos, meus livros... e meus filhos!

Eu quero uma casa no campo. Em que caibam Demis, Benja, eu e nossos sonhos a três (porque o adeus aos sonhos se despede é dos sonhos solitários). Que receba todos os amigos com o vagar de uma tarde infinita. Que acolha conversas, silêncios e os olhares abertos. Onde os filmes e livros possam ser vistos e revistos e revistos até fazerem sentido. Onde a música seja às vezes quem escuta e às vezes quem fala. Onde a varanda seja o campo, ou o mar, ou a calçada. Onde o olhar possa demorar. Onde o crescer dos cabelos e das unhas não sejam tanta surpresa, como se eu pudesse assistir ao que não se deixa ver.
Amém.

***

Casa no campo, na voz da Elis, autoria de Zé Rodrix, inspirou a reza. Bom dizer de onde vêm as coisas, já que estamos prestes a viver um dia de blogagem coletiva pra que as idéias e vozes não sejam roubadas. Dia 25. Pra saber mais, aqui e aqui.

***

Sabe o que eu estranho? Que os blogs tenham uma lógica do fim pro começo. As pessoas vêm, lêem o último post, às vezes passeiam. Mas o que foi escrito antes corre o risco de ficar perdido, se não houver link ou boa vontade (já me peguei até querendo escrever um post pro anterior “ir embora”). Por isso os arquivos vão dos mais recentes pros mais antigos. O contrário de um livro.

Isso sou eu me havendo com essa coisa de blog. Um dia pode ser que eu me acostume. Ou entenda.

7 comentários:

Anne disse...

Amo essa música e fico ansiosa por seus posts, textos incríveis.
Sabe o que eu ando aproveitando... tenho muita coisa registrada em agenda da gravidez e outro blog particular, e de vez enquando faço uma postagem retroativa, para que as histórias fiquem cronológicas, ou às vezes para deixar mesmo no passado uma história que já era, e que não convém que ninguém leia agora, mas eu quero postar... louca não? O negócio é a gente como autor confiar na curiosidade do leitor e como leitor futucar bastante o passado dos outros, para ir montando o quebra cabeça. Nesse prisma é divertido!
Vc me encorajou na encantadora, (preconceito foi mesmo uma palavra tua que pontuou o que eu achava do livra)... vou ler o seu post...
Bjos
Anne
mammisuperduper.blogspot.com

Ferna disse...

Natália

menina, também acho uma loucura essa história de começar pelo final (tá certo que nunca é um final, mas mesmo assim).
Tem blogs que me encantam de cara, assim que leio a última postagem. Aí não tem jeito, vou lá pros arquivos mais antigos. E tem uns que já existem há anos. Aí sim que esqueço da vida (da minha!),volto dias a fio até conhecer a história toda.rsrs
Essa coisa toda de blog ainda me deixa embasbacada!

Ah! E essa casa no campo... eu também sempre quis.

beijos

Dmis disse...

Hay libros que se leen de otras formas: Rayuela, por ejemplo –diría el mejor de los ejemplos! – ; los periódicos se leen de cualquier manera o habría que dejar de leerlos; los diarios se leen al azar – o al acaso – donde se agarre la página a la mano; y los grafitis, pictogramas y notas en los muros: inventándoles contextos y remitentes u objetivos; y las botellas lanzadas al mar – desde los balcones y barandas de casas en el campo – hay que encontrarlas, hay que lanzarlas, hay que ir a BUSCARLAS!!!

Dmis disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Carol disse...

risos... realmente... ás vezes já me li do começo aqui, têm lógica.

Anônimo disse...

puxa, pensei nisso hj, qdo escrevi meu post, mas com um acréscimo " e como as pessoas te julgam...pelos posts..."

Passeando pelo teu blog, agora :)

Mari Hart disse...

Oi querida! Vom conhecer teu blog, que coisa mais amada!=) Vc está certa,essa blogagem coletiva serve tb p/conhecermos outros blogs interessantes, das amigas das amigas!

Sabe que eu achava que tivesse alguma configuração em que pudesse deixar ao contrário!? Pela lógica achei que euooo é que não sabia mudar! rs...

Histórias ficam perdidas lá atrás, pq não re publicar algumas?!

Bjkas!=)

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